terça-feira, 6 de dezembro de 2011

MILAGRES

Quando precisei dar um nome para o blog, todos os que eu escolhi estavam indisponíveis. Minha amiga Myrian, responsável pelas fotos do meu atelier (“-Você precisa voltar para continuar seu serviço de minha fotógrafa predileta!”) é que me deu a idéia do título.
Você é, realmente, uma professorinha pardaloca, pardoca ou pardaleja, conforme consta nos dicionários. A figura abaixo é uma homenagem.






Resgate

O resgate da memória afetiva traz a possibilidade de ampliarmos nossa consciência. E, quando trazemos à tona estas memórias, estamos elaborando e compreendendo experiências carregas de afetos do nosso passado e que se depositaram, no fundo da nossa alma.


 

Homenagem à minha família paterna, MILAGRES





Foto de liviareginasouzabogspot.comliviareginasouza.blogspot.com

“Há duas formas para viver sua vida. Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein


O QUE SÃO MILAGRES?

Um milagre (do latim miraculum, do verbo mirare, "maravilhar-se") é um fato dito extraordinário que não possui uma explicação científica. Para os crentes, sua realização é atribuída à onipotência divina, é considerado como um ato de intervenção de Deus (ou de deuses) no curso normal dos acontecimentos.
No meio cristão, o milagre tem um papel central e é considerado a prova da origem divina de qualquer uma das «verdades de fé». Tem como finalidade conduzir os seres humanos a Deus de modo extraordinário. Na maior parte das religiões cristãs não é pedido que se acredite em nenhum outro milagre que não sejam os narrados na Sagrada Escritura. Estes são considerados como fazendo parte da Revelação pública Divina. Os demais são considerados como fazendo parte de Revelação Privada ou particular e não há a obrigatoriedade de se acreditar neles. (Origem: Wikipédia a enciclopédia livre)


 
Foto: Nossa Sehora dos Milagres- canticosdabeira.blogs.sapo.pt


A devoção a Nossa Senhora dos Milagres
A devoção a Nossa Senhora dos Milagres que deu origem ao sobrenome “Milagres” provém do Norte de Portugal. Não são poucos os lugares em todo o antigo reino lusitano onde a Virgem dos Milagres é venerada. Em Açores, por volta do século XVI, apareceu entre os calhaus do Porto da Casa, ilha do Corvo, um caixote à beira d’água muito bem fechado, despertando logo a curiosidade de alguns homens que por ali se encontravam à cata de peixes e restos de madeiras. Ao abrirem o caixote, depararam-se com uma imagem de Nossa Senhora do Rosário com a inscrição: “No lugar onde eu sair, façam-me uma ermida”. Assim, foi construída uma ermida no Alto da Rocha. A notícia que rapidamente se espalhara por toda a ilha chegou a Lisboa, donde veio uma ordem para que a imagem fosse levada à Corte. Mas um acontecimento estranho começou a acontecer depois que chegou à Corte. Todos os dias, o manto da dita imagem amanhecia molhado, levando os crédulos  a acreditarem que, durante a noite, a santinha voltava à ilha do Corvo, por isso amanhecia molhada. A constância do episódio levou alguns religiosos a acreditarem na hipótese, razão pela qual mandaram a imagem de volta ao seu lugar de origem. Erigiu-se, então, nova ermida sobre a rocha sobranceira ao Porto da Casa, onde aparecera. Os muitos milagres atribuídos à sua intercessão deram-na ser conhecida e venerada como Nossa Senhora dos Milagres.
Origem:  http://www.familiamilagres.com.br/


 
Foto: A fonte dos milagres – Nossa Senhora de Fátima




QUANDO MILAGRES É UMA GENEALOGIA


A genealogia é uma ciência auxiliar da história que estuda a origem, evolução e disseminação das famílias e respectivos sobrenomes ou apelidos.
A definição mais abrangente é "estudo do parentesco". Como ciência auxiliar, desenvolve-se no âmbito da "História de Família", onde é a peça fundamental subsidiada por outras ciências, como a sociologia, a economia, a história da arte ou o direito.
É também conhecida como "ciência da História da Família" pois tem como objetivo desvendar as origens das pessoas e famílias por intermédio do levantamento sistemático de seus antepassados ou descendentes, locais onde nasceram e viveram e seus relacionamentos interfamiliares.
Tal levantamento pode ser estendido aos descendentes como aos ascendentes de uma determinada figura histórica sendo muitas vezes difícil classificar os nomes de família por causa das mudanças de ortografia e pronúncia com o passar do tempo. Várias palavras antigas tinham significados diferentes na época, ou hoje em dia não são mais usadas. Muitos nomes de família dependeram da competência e discrição de quem os fez no ato do registro. (Origem: Wikipédia a enciclopédia livre)


Origem da Família Milagres
A família Rodrigues Milagres tem suas origens na pequena freguesia de Nossa Senhora dos Milagres de Cambeses, termo da Vila de Monção, na região do Minho, às margens do rio de mesmo nome, no extremo norte de Portugal, quase na divisa com a região espanhola da Galícia.
 O topônimo Cambeses provém do celta, camba, que significa moinho pequeno. Na doação do rei Bermudo II a Compostela (991) já figura como "villa de Cambeses". A antiga freguesia de S. Salvador de Cambeses (depois Nossa Senhora dos Milagres de Cambeses) foi constituída nos primórdios da nacionalidade. Administrativamente, depois de ter pertencido ao termo da Penha da Rainha, passou a
Ainda hoje existem Milagres em Cambeses, descendentes provavelmente dos irmãos de Luiz Rodrigues Milagres, mas sabemos que podemos encontrar descendentes desta família também em outras partes de Portugal e em Goa (antiga colônia portuguesa na Índia). Estes devem ser descendentes de filhos de Antônio Rodrigues Milagres e/ou mesmo de seus 2 netos, filhos do seu filho que veio para o Brasil e que retornaram para Portugal no final do século XVIII. Além disso, alguns dos descendentes dos Milagres no Brasil mudaram-se depois para Portugal.

O historiador Allex Assis Milagre nos informa que: “Segundo a tradição, o primeiro a assinar o sobrenome Milagres foi Antônio Rodrigues Milagres, no final do século XVII ou início do século XVIII, após alcançar uma graça por intercessão de Nossa Senhora dos Milagres – padroeira de Cambeses – que o livrara de um risco de morte. Assim, acrescentou Milagres ao seu sobrenome. Antônio Rodrigues era natural de Cambeses, sendo filho de Pedro Gonçalves, também natural de Cambeses.”

Antônio Rodrigues Milagres casou-se com a valenciana Páschoa Lourença da Silva, filha de Domingos Lourenço, natural da freguesia de Santa Maria da Moreira,  em Valença do Minho. Este casal vivia em Cambeses, onde também nasceram os filhos e entre eles, o patriarca dos Milagres no Brasil, Luiz Rodrigues Milagres, que veio para o Brasil em meados do século XVIII – entre 1745 e 1749.

Estabelecendo-se nas Minas Gerais, o jovem Luiz Rodrigues Milagres casou-se na Freguesia de Santo Antônio de Ouro Branco, por volta de 1750, com Eufrásia Maria de Jesus, natural de Ouro Branco,  filha de Francisco de Sousa Lima, português e da brasileira Maria Gomes de Oliveira, natural de São Gonçalo-RJ. A família Sousa Lima, que também se expandiu para a região de Ouro Preto e para a Zona da Mata mineira, também teve grande projeção nas Minas Gerais.
 A partir deste casal, a grei dos Milagres fixou-se nas Minas Gerais, expandindo-se inclusive para outros estados. O solar da Fazenda Boa Vista, em Catas Altas da Noruega, foi levantado por Luiz Rodrigues Milagres nas terras das quais comprou as posses. Contudo, não satisfeito, conseguiu aos 28 de setembro de 1753, carta de sesmaria de meia légua de terras, concedidas pelo governador da Capitania das Minas Gerais e Rio de Janeiro. Essas terras englobam hoje, além das atuais terras da comunidade rural da Boa Vista também as da comunidade do Pau Grande e algumas em território laminense, na região do córrego da Fraqueza. Divididas entre Catas Altas da Noruega e Lamim (pertencentes à freguesia de Santo Antonio da Itaverava) e próximas da divisa do Guarapiranga (atual Piranga), essas terras foram o local onde o patriarca criou os seus filhos
 Segundo Joaquim Rodrigues de Almeida, Luiz Rodrigues Milagres e Eufrásia Maria de Jesus tiveram 10 filhos, sendo 4 varões e 6 mulheres, mas acredito tratar-se um de erro, pois em seu esboço genealógico, após essa informação, ele mesmo aponta os 5 filhos homens e apenas 5 mulheres, sendo iguais o número de filhos e filhas. Contudo, outro genealogista famoso, o cônego Trindade, em sua obra “Velhos Troncos Mineiros”, no capítulo sobre a família Milagres, aponta o nome de outra filha de Luiz Rodrigues Milagres, chamada Ana Maria Milagres, casada e com pelo menos um filho padre. Sendo assim, realmente o casal Luiz e Eufrásia teve 11 filhos,
Entre fazendeiros, militares, magistrados, políticos, religiosos, artistas, pessoas ligadas à cultura e à nobreza, mas também entre pessoas de origem humilde, os Milagres construíram uma história sólida, motivo de orgulho para seus descendentes, hoje, em sua maioria pessoas simples e de bom coração, muitos com forte vocação religiosa.
 Temos como berço dos Milagres em Minas, durante o século XVIII, a região formada pelos atuais municípios de Catas Altas da Noruega, Lamim, Itaverava, Senhora de Oliveira, Piranga, Rio Espera, Santana dos Montes, Conselheiro Lafaiete, Ouro Branco e Queluzito. Contudo, no século XIX os atuais municípios de Caranaíba, Ponte Nova, Viçosa, Capela Nova, Ouro Preto, Mariana, Prados, São João Del Rei, Barbacena, Senhora dos Remédios e Juiz de Fora, além de outros, foram importantes na história da família.
 E é justamente essa família formada por pessoas de caráter, e a todos os seus descendentes, estejam onde estiverem, não importando que tipo de atividade exerçam, desde os mais humildes, até os mais destacados, que  homenageamos com este site. Entre e descubra um pouco mais sobre a grande família Rodrigues Milagres.
 Cristiano João dos Reis Milagres de Paula.


Foto disneypedia.com.br


O mais interessante é que Myrian, talvez por uma associação telepática, fez uma transferência do meu desejo de ter o meu nome de solteira resgatado.

2 comentários:

  1. Oi Maria Célia!
    Seu blog está excelente. Muito conteúdo em poucos dias de existência. Parabéns!
    Adorei as fotos de tia Myrian. Realmente estão muito boas. E seu atelier azul é um céu!
    Bjos e upas
    ;)

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  2. Querida amiga,
    Milagre é o que você faz construindo aquelas bolsas lindas!
    Beijocas.

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