segunda-feira, 5 de março de 2012

Nem 8 Nem 80

Nem    














                              Nem








Dentre as lembranças palpáveis que meu sogro nos deixou há uma balança antiga da época em que não existiam supermercados e os alimentos eram comprados em vendas. Ele também teve uma venda onde tudo era pesado em balanças mecânicas. De um lado colocava-se um peso e do outro a mercadoria. Quando a balança entrava em equilíbrio era sinal de que o peso dos dois lados era igual. O ponteirinho que indicava o ponto de equilíbrio era chamado de o fiel da balança. Esta expressão "fiel da balança continua sendo usada até hoje.




As balanças mais antigas tinham dois pratos de metal equilibrados por suportes que faziam a medição através de pesos de ferro com medidas de gramas, meio quilo, um quilo... Quando o pino central (fiel da balança) se alinhava, com a marca do centro da balança, o peso estava aferido. Depois de pesada a conta era anotada numa caderneta e, no final do mês, é que se pagava.

Afinal, em que consiste o equilíbrio?






Boa parte dos nossos problemas tem sua origem na não-observação de um princípio universal: o Equilíbrio. É universal porque se aplica a tudo, regula e orienta comportamentos e decisões.

 




Do ponto de vista físico, o equilíbrio está relacionado com o fato de um objeto ou sistema manter suas propriedades inalteradas ao longo do tempo. (foto: Anatoli Styf/ Sxc.hu)


Embora a procura pelo equilíbrio seja algo importante em nossas vidas, são os desequilíbrios que promovem as transformações, seja nos processos físicos, seja em nosso cotidiano. No caso dos processos físicos, essas mudanças seguem leis naturais. Quanto a nós, temos a capacidade de escolher os caminhos que queremos tomar. Mas, se tudo no universo estivesse em equilíbrio, não estaríamos nem aqui para pensar sobre essas questões. Adilson de Oliveira Departamento de Física Universidade Federal de São Carlos


O CAMINHO DO MEIO 




Caminho do Meio é uma expressão que sugere evitar os caminhos extremos.

Os gregos antigos ensinavam a temperança, a prudência, o bom senso, a moderação, a modéstia como um estado de espírito calmo e são. Esta era uma virtude que se contrapunha ao excesso, orgulho, insolência, impetuosidade, desenfreio, ultraje, insulto, desespero, violência. Nada em excesso.

EXCESSOS 



                      Nem


Nem


Esta expressão remonta à Merkabah  (a numerologia da Cabala judaica), em que o 8 indica o 

extremo da preocupação com aspectos irrisórios da vida, ao passo que o 80 representa o outro 

extremo com coisas que transcendem as possibilidades individuais. 

Fonte: Bonder, Milton, A Origem Cabalística de Algumas Expressões do Português, in Revista do Clube A Hebraica, outubro de 2005.

A difícil arte de ser mulher

 “Na história e na literatura, a mulher foi considerada culpada desde tempos imemoriais”
Márcia Tiburi


NOSSA CULPA, NOSSA CULPA, NOSSA MÁXIMA CULPA...

“Mostre uma mulher que não sinta culpa, e eu apontarei um homem”.
Erica Jong




Há dois componentes para explicar a culpa feminina. O primeiro vem da biologia, como resumiu a escritora americana Erica Jong numa de suas frases mais famosas: “Mostre uma mulher que não sinta culpa, e eu apontarei um homem”.

O segundo componente tem origens sociais. “Algumas mulheres desistem, acreditando que foi uma opção. Não foi”, afirma Regina, do Insper. “Muitas vezes, desistir da carreira é uma defesa feminina para o fato de que não são oferecidas opções para a mulher driblar os obstáculos da vida doméstica.”

 “Na história e na literatura, a mulher foi considerada culpada desde tempos imemoriais”, afirma a filósofa Márcia Tiburi. Na Bíblia, é ela quem provoca a expulsão de Adão do Paraíso, por dar ouvidos à serpente. Na mitologia grega, é quem abre a caixa de Pandora, liberando todos os males do mundo.

Nada de errado em renunciar a algum aspecto da vida quando a escolha é consciente e autônoma. Pelo contrário. “A mulher precisa entender que o equilíbrio pode implicar fechar alguns caminhos, perdas”, diz a psicanalista Walkiria Helena Grant, da USP.

Não dá para ser “supermulher”, por mais que todas tentem e sofram com isso. O termo faz referência à figura do herói dos quadrinhos Super-Homem, mas foi usado em contexto sério pela escritora americana Marjorie Hansen Shaevitz. Em 1984, ela descreveu a síndrome da supermulher, no livro de mesmo nome. Fez sucesso ao criticar a ilusão de que a mulher deve sobressair tanto nos traços naturalmente femininos (como carinho ou beleza) quanto nas características atribuídas aos homens, como segurança e sucesso profissional. http://revistaepoca.globo.com






DESACELERAR...


“Na vida há algo mais importante que incrementar a sua velocidade”.
Gandhi









Não sou perfeita. Você é?



 "Não sou perfeita" - Texto  de Martha Medeiros

 "Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é
possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer como boa profissional, mãe e
mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao
supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os
filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha
mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago
minhas contas, respondo a toneladas de E-mails, faço revisões no dentista,
mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa,
providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à
minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa
e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic. Por mais disciplinada e
responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a
dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por Dizer NÃO. Culpa por
nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a
Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe
apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os
outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que
desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse
direitinho.
Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não
aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye Vida interessante. Porque
vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente
correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar
para si a falsa impressão de ser indispensável.
É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para
dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para
sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora
de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para
procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas.
Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem
sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você
pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela
quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que
será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não
for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está
tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de
si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua
vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde
que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa
independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em
casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o
hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente,
está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma
pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado)
podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é,
afinal, uma vida Interessante".

We can do it!


8
Dia Internacional da Mulher.


Não vamos esconder o que temos de ternura e de doçura dentro de nós. Preservemos nossa feminilidade, deixando de lado a virilidade que muitas tentam (e conseguem) incorporar em seu interior.

Afinal, somos MULHERES.

Maria Célia



6 comentários:

  1. êita mulher porreta essa tal Maria Célia!
    Parabéns mais uma vez pela brilhante postagem.
    :)

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  2. Adoro esse texto de Martha Medeiros.
    Adorei várias coisas nesse post.
    Vc qd se inspira hein, manda ver :)

    A vezes eu tenho a impressão, como Ana Jácomo que algumas pessoas “...que alguns sorrisos são ondas que começam no coração, brincam de sol nos olhos e, instantaneamente, levam clarão para a boca, para o rosto todo, para a vida inteirinha.”

    Vc é um clarão amarelinho e radiante.

    Salve as mulheres!

    Bjo e carinho!

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  3. Maria Celia adorei seu Blog já to seguindo e divulgando , bjos
    http://tearpiaocupacional.blogspot.com/

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  4. Amiga querida,
    Eu aprendo tanto com suas postagens. Maravilha de pesquisa profunda e completa.
    Mas me diga uma coisa: você melhorou? (falando de equilíbrio e sentindo tonteira, pode isso?)
    Um beijo muito carinhoso pelo dia de hoje!

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  5. Boa noite.

    Sou do tempo dessa balança.
    O equilíbrio é tudo, para que haja estabilidade.
    Mesmo com atraso, feliz condição de mulher.

    Um grande abraço.
    Maria Auxiliadora (Amapola)

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  6. Hoje é considerado o Dia Nacional da Poesia, pois foi nesta data que nasceu o grande poeta brasileiro Castro Alves.
    A vida é uma poesia, sinta, ouça, escreva, recite cada letra, todo dia, com rima ou sem rima, mas com poesia.

    Bjos poéticos!

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