sábado, 7 de janeiro de 2012

Esculturas Netsuke

Esculturas Netsuke


Fotos Wikipédia



Um netsuke é uma pequena escultura que poderá ter entre dois a cinco centímetros e é característica do Japão, onde se faz há mais de 300 anos. Os netsukes além de serem delicadas esculturas tinham um propósito muito prático: servir de suporte a uma bolsa.





Estes objetos suspensos têm a designação de sagemono ou inro. Para evitar que o cordão de seda escorregasse da cinta, aplicavam-lhe uma pequena cavilha que se chama Netsuke. (Pesquisa: Artes & Manhas)



Hoje...

Lendo a coluna da jornalista Mônica Waldvogel “A grande arrumação”, me detive no seu comentário sobre o livro “A lebre com os olhos de âmbar” do ceramista britânico Edmund de Waal.


“Tire um objeto do seu bolso e o coloque diante de si. Você começa a contar uma história.”


A partir desta proposta ousada, a colunista foi influenciada seriamente na sua arrumação anual. Por quê?

sic Monica Waldvogel:


O livro descreve um mundo de coisas para contar histórias de pessoas. A história passa, restam os objetos. E isso não é pouco.

Alguém lhe disse que as coisas (não no sentido pejorativo, por favor) são os netos de Deus uma vez que nós, seus filhos, criamos objetos a partir de toda a matéria da mesma forma com que Ele nos fez do barro.

“-Se algum dos meus descendentes, um dia, especular sobre meus objetos na tentativa de descobrir algo sobre a ancestral... ele chegaria a alguma conclusão sobre mim...?” Ela acha que não.

O livro ajudou-a a se preparar, de outro jeito, para a grande arrumação.


“As coisas em volta não podem ser qualquer coisa. Elas precisam ser um mundo inventado por mim, um pequeno cosmo entre toda a Criação formado por objetos bonitos e sensíveis a serem decifrados por alguém em algum dia no futuro. Portanto, nada que seja banal ou ordinário, irrelevante, duvidoso ou equivocado, deverá permanecer. Se é para criar um mundo, que seja bom, justo, claro. Mas, sobretudo que seja belo”.


E D M U N D
DE
 W A A L


A LEBRE
COM OLHOS
DE ÂMBAR

Tradução de
Alexandre Barbosa de Souza


Clique para ver
Entrevista com Edmund de Waal, autor do livro "A lebre com olhos de âmbar".



“Mesmo quando não estamos mais ligados às coisas, o fato de termos sido ligados a elas ainda tem algum valor; pois tal ligação sempre existiu por motivos que as outras pessoas não entendiam... Bem, agora que estou um pouco cansado para conviver com outras pessoas, essas velhas sensações, tão particulares e individuais, que tive no passado me parecem — é a mania de todo colecionador — bastante valiosas. Abro meu cora-ção para mim mesmo como uma espécie de vitrine e examino um por um todos os casos de amor de que o mundo nada pode saber. E agora sou muito mais ligado a essa coleção do que às minhas outras, digo para mim mesmo, como Mazarin disse de seus livros, mas em verdade sem qualquer sofrimento, de modo que não será fácil ter de abandoná-los.”

Charles Swann, em Sodoma e Gomorra de Marcel Proust


Para ler o livro clique



 Curiosidade:

Decoração Clean







O que consideramos clean?




Contrário a decoração com ornamentos, o estilo clean  tira o máximo proveito da luminosidade natural dos ambientes. Com cores claras, do branco ao cru, passando no máximo pelo bege, os objetos perdem todos os detalhes, considerados “supérfluos”, prevalecendo as linhas retas.

Segundo Luzia Gatto - especialista em Feng Shui e cromoterapia


“Além de nos passar uma sensação de limpeza, o branco é muito utilizado para dar uma sensação de amplitude e claridade para espaços muito pequenos e escuros".

Luzia ressalta que, assim como todas as outras cores, o branco precisa ser usado com cautela e bom senso. "Um ambiente todo branco, dependendo da pessoa, pode trazer muita calma e tranquilidade, mas, para outras, frieza, tristeza e impessoalidade. Portanto, cuidado para não exagerar e acabar deixando o lugar com aparência de hospital". 


Clean


?
“A casa tem que ter a cara do dono. Não consigo repetir coisas na casa de um e de outro, porque cada um tem uma personalidade”. 

Defende o arquiteto e decorador Sig Bergamin:


— Eu acho que a mistura é resultado de muito garimpo. Tem que sair à procura, pesquisar, descobrir. Há uma imensidão de coisas, e eu ponho tudo junto e dá certo. A questão é gostar de cada item. Se você gosta de cada peça, todas combinam entre si. Acho bacana misturar um quadro de um pintor importante com um pôster antigo, desde que se goste. Você tem que confiar no seu gosto, e aí vai um pouco da sua alma. É uma mistura, porque sua casa é a sua vida. Também acho bacana a preocupação com o conforto, que é o maior luxo que se pode ter. O dia a dia não é confortável. Então, quando você chega a casa, ela tem que ser confortável e silenciosa. Tem que ter paz.

 Em decoração não existem tendências. O que muda é o clima. Na minha casa, quando começa o inverno, eu ponho mantas, acendo a lareira, coloco um cesto para a lenha, mudo as almofadas, o tapete. Quando troca a estação, mudo tudo novamente. Inverno precisa de mais aconchego. No verão, você limpa, tira alguns itens. A casa não pode ter uma tendência, porque a trocamos todo ano como uma roupa. O legal hoje em dia é trocar as capas dos sofás, das poltronas, é usar uma cor diferente. Sig Bergamin





6 comentários:

  1. Olá Maria Celia

    Adorei seu blog e já estou te seguindo. Vou aguardar a sua visita e ficarei feliz se me seguir também!!!
    Uma ótima semana à vc.

    BJ00000000000......................
    www.amigadamoda1.com

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  2. Amiga,
    Acho linda uma casa "clean", mas não é para mim.
    Onde vou colocar esse tanto de coisa que eu amo?
    Beijos.

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  3. Adorei tudo que foi dito aqui. Mas estou com a Myrian. O clean é muito bonito, mas não é pra mim.
    ;)

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