A Dor
Foto Maria Célia
“Em geral, o
sofrimento emocional é carregado de estigma. As pessoas têm vergonha de admitir
suas angustias e aflições. Parece mais digno dizer que se está com dor no
pescoço do que dizer que a vida perdeu o sentido”. Stephem Stahl
Psicólogos da Universidade da Califórnia, explorando as imagens do cérebro
de pacientes voluntários, descobriram
que a dor física, emocional ou mental tem a
mesma intensidade e compartilham a mesma região do córtex. Em outras
palavras, ser excluído de um grupo pode
doer tanto quando uma cefaléia e a dor da perda de um parente próximo provoca as mesmas
reações cerebrais.
A dor moral
É uma floresta escura onde nos encontramos; não enxergamos
o caminho que existe ao lado
A dor moral
decorre de uma representação mental (uma má notícia, a morte de pessoa
querida), mas nem por isso está isenta de repercussões físicas. A dor psicogênica é uma dor moral
cuja única expressão é corporal. Pode manifestar-se ocasionalmente por uma dor
de cabeça ou uma dor de barriga (quando se espera um resultado importante, por
exemplo), traduzindo uma simples tensão psíquica, ou diariamente (dor crônica),
refletindo uma grande dor moral ou conflitos psicológicos inconscientes.
Existem diversas formas de somatização que resultam de processos psíquicos
diferentes: as dores psicossomáticas, as depressões mascaradas, distúrbios
histéricos e hipocondria. http://www.seleccoes.pt/o_que_%C3%A9_a_dor/
Quando é a alma que sofre
Nossa alma é nosso santuário interior
“Nossa alma foi criada perfeita, mas ignorante – de forma a
ter oportunidade de conquistar a sabedoria por mérito próprio. Aquilo de que
precisamos para esta evolução está nas leis cósmicas, perfeitas e eternas, que
disciplinam tudo, dentro e fora deste planeta. Criadas por Deus, elas não fazem
a parte que nos cabe no aprendizado, mas age através de nós, criando situações
e desafios que, se aceitos, podem facilitar nosso progresso”. Zíbia Gasparetto
Fotos-Imagens da dor
Por Maria Célia
Dor-da-mente
Há uma relação, direta, entre o estado mental de uma pessoa e o estado
doloroso: várias pesquisas
determinaram, cientificamente, que pessoas preocupadas, tristes ou deprimidas, liberam menos serotonina,
ficando mais sujeitas à dor.
Dor do tombo
Quando o marido, já contagiado, solicita-lhe que não se
envolva com o seu problema:
"Deixa-me, deixa-me". Ela discorda: "Não deixo, gritou
a mulher, que queres fazer, andar aí aos
tombos, a chocar contra os móveis, à
procura do telefone, sem olhos para encontrar na lista os
números de que
precisas, enquanto eu assisto tranquilamente ao espetáculo, metida numa redoma
de cristal à prova de contaminações. Agarrou-o pelo braço como firmeza e disse,
Vamos, meu
querido"
(EC: 39). Logo depois, a mulher simula estar cega para ser levada na ambulância
que recolheria o marido contagiado. A personagem é a "mulher
do médico", a única a não cegar em toda a narrativa, permite
interpretarmos que são os seus valores e
ações que a tornam imunizada contra o contágio. – “Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago
Dor em pedaços, o caco
Pessoas
que guardam em si a sensação que estão passando pela vida sem realmente viver.
Há uma palavra que resume este sentimento: a perda. Perda do nosso sonho de
felicidade.
Dor antiga
“Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos.
Procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas
pelo coração. Oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa
nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os resultados são vexatórios” Martha Medeiros
Dor Crônica
É linear como este meio
fio que arremata a calçada, mas não arrematam nosso sofrimento
A dor também pode viciar, quando ela é
aguda e não tratada, ensina a anestesista Rioko Kimiko Sakata, chefe do
Departamento da Dor da Uniesp. Diz ela que a maioria das pessoas que sofre de
cefaléia crônica teve dores de cabeça aguda mal tratada.
Dor que brota... A vivência da dor
Há estratégias com que as pessoas, a partir da vivência da dor, da
discriminação e da opressão, podem reconstruir gradativamente suas vidas,
valorizar e trocar suas experiências pessoais e coletivas, mostrar para a
sociedade como elas gostariam de ser vistas e tratadas por todos.
Dor do abandono
No amor e... Na arte...
Camille Claudel morre em sua prisão psiquiática em 1943, esquecida do
mundo, sem glória, enterrada anonimamente numa vala comum.
Sua vida ficou ligada a Rodin até 1898, ano em que se separaram. Por volta
de 1906, destroi grande parte de sua obra numa espécie de exorcismo, como uma
maneira de livrar-se de tudo que a vinculava ao homem amado.
Sakountala (o abandono)
Descrição de uma cena terna entre os
dois amantes baseada nesta obra de Camille
“Camille o olhava, essa criança que se agachava. Ela recuava e
ele se agarrava a ela como se ela fosse lhe deixar, os olhos desesperados, suplicantes.
Indefeso, um homem indefeso, de joelhos, um rosto ferido…
Ela inclina a cabeça em direção a ele, beija sua têmpora,
delicada, inefavelmente terna, ela lhe da tudo, até seu coração… ”Monsieur
Rodin”.
A lenha crepita. Ela se enxerga e lhe enxerga, refletidos,
multiplicados pelos espelhos, a grande chama atrás deles. Ele se torna o altar
para o sacrifício e ela, a presa. Ela se inclina sobre ele, com a face
encostada na dele, e desliza em direção a ele, ainda em baixo, ajoelhado. Ele a
retém ainda, mas sua cabeça já se curva. Um braço pendente, sem força… Num
ultimo gesto, ela pressiona a mão contra o coração – uma dor surda que bloqueia
a alegria forte demais de reencontrá-lo, o segundo antes do contato, ela então se
abandona, ela morre…” A tradução é de : http://taisemparis.wordpress.com/2009/08/04/sakountala-o-abandono/
O caminho
O caminho
existe
ALÍVIO
EMOCIONAL
Por meio de pensamentos simples dá pra diminuir o impacto das
memórias dolorosas.
Confira as dicas de Ricardo Monezi, especialista em medicina
comportamental da Universidade
Federal de São Paulo.
- Procure se colocar no lugar do
outro tentando entender as razões de determinada atitude. Acostume-se a
perdoar.
- Respeite seus próprios
sentimentos e aprenda a expressá-los de forma equilibrada e coerente.
- Invista na sua auto-estima
realizando atividades prazerosas e que realcem seus talentos.
- Tente se conhecer melhor
refletindo sobre suas reações e seu modo de agir no dia-a-dia.
Oi amiga,
ResponderExcluirSeu blog está lindo com fundo musical!(que eu adoro!!!)
Você está super "expert".
Quero umas aulas.
Beijos.
esplêndida postagem !
ResponderExcluirAs árvores caídas me doeram a alma ...
Um beijo !
Moisés,
ExcluirVocê entendeu perfeitamente meu sentimento de dor. Obrigada pela caminhada até aqui.
Obrigada pela visita, hoje assisti Lorex no cinema com meu filho e esta foi a mensagem que o filme passou.
ResponderExcluirBjs e vamos preservar.
Mimar,
ResponderExcluirQuero (preciso) passar um tempo com vc.
Estou aqui, seja bem vinda... sempre.
ExcluirOi queridona!
ResponderExcluirTo mto feliz em ter sua cia la no blog viu!
O projeto é o seguinte: Me mande um email, com o texto e fotos que gostaria que fosse publicado...
Na pag do projeto estará a relação de participantes e a lista de todas as participações...
É bem simples e gostoso pra participar...
Aguardo ansiosa seu email com a postagem!!
cadaquacomseupiqua@yahoo.com.br
Bjao
Flor amiga!
ResponderExcluirSim, faço minhas as palvras de nossa Myrian: a música está demais. Aqui está cedinho e você, neste momento em que lhe escrevo, ainda dorme. Estou andando em seu blog bem quietinha, pois não quero acordá-la.
Maria Célia! Seu post sobre a dor é muito especial.
Obrigada por tanta informação e bonitas palavras.
Beijo grande
Ilaine, flor de alecrim,
ExcluirA música está sempre presente em minha vida. Das artes, é a mais sublime. Que bom você ter gostado!
O silêncio de sua visita deixou o perfume daquelas flores que você colocou no vaso que tinha o seu jeito (blog da Myrian).
Beijocas estaladas.
Parabéns , sua postagem é primorosa.
ResponderExcluirbj e boa semana.
http://tearpiaocupacional.blogspot.com.br/
Amiga!
ResponderExcluirEstou passando para lhe desejar um final de semana muito feliz!
E também para deixar aqui um carinho!
Beijo
Ila, já respondi através e-mail. Obrigada!
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