sábado, 14 de abril de 2012

A Dor


A Dor

Foto Maria Célia


“Em geral, o sofrimento emocional é carregado de estigma. As pessoas têm vergonha de admitir suas angustias e aflições. Parece mais digno dizer que se está com dor no pescoço do que dizer que a vida perdeu o sentido”. Stephem Stahl


Psicólogos da Universidade da Califórnia, explorando as imagens do cérebro de     pacientes voluntários, descobriram que a dor física, emocional ou mental tem a   mesma intensidade e compartilham a mesma região do córtex. Em outras palavras,    ser excluído de um grupo pode doer tanto quando uma cefaléia e a dor da perda de    um parente próximo provoca as mesmas reações cerebrais.

A dor moral

É uma floresta escura onde nos encontramos; não enxergamos o caminho que existe ao lado


A dor moral decorre de uma representação mental (uma má notícia, a morte de pessoa querida), mas nem por isso está isenta de repercussões físicas. A dor psicogênica é uma dor moral cuja única expressão é corporal. Pode manifestar-se ocasionalmente por uma dor de cabeça ou uma dor de barriga (quando se espera um resultado importante, por exemplo), traduzindo uma simples tensão psíquica, ou diariamente (dor crônica), refletindo uma grande dor moral ou conflitos psicológicos inconscientes. Existem diversas formas de somatização que resultam de processos psíquicos diferentes: as dores psicossomáticas, as depressões mascaradas, distúrbios histéricos e hipocondria. http://www.seleccoes.pt/o_que_%C3%A9_a_dor/


Quando é a alma que sofre

Nossa alma é nosso santuário interior



 “Nossa alma foi criada perfeita, mas ignorante – de forma a ter oportunidade de conquistar a sabedoria por mérito próprio. Aquilo de que precisamos para esta evolução está nas leis cósmicas, perfeitas e eternas, que disciplinam tudo, dentro e fora deste planeta. Criadas por Deus, elas não fazem a parte que nos cabe no aprendizado, mas age através de nós, criando situações e desafios que, se aceitos, podem facilitar nosso progresso”. Zíbia Gasparetto



Fotos-Imagens da dor
Por  Maria Célia





Dor-da-mente


Há uma relação, direta, entre o estado mental de uma pessoa e o estado doloroso:    várias pesquisas determinaram, cientificamente, que pessoas preocupadas, tristes ou   deprimidas, liberam menos serotonina, ficando mais sujeitas à dor.



Dor do tombo



Quando o marido, já contagiado, solicita-lhe que não se envolva com o seu problema: "Deixa-me, 

deixa-me". Ela discorda: "Não deixo, gritou a mulher, que queres fazer, andar aí aos tombos, a 

chocar contra os móveis, à procura do telefone, sem olhos para encontrar na lista os números de 

que precisas, enquanto eu assisto tranquilamente ao espetáculo, metida numa redoma de cristal à 

prova de contaminações. Agarrou-o pelo braço como firmeza e disse, Vamos, meu querido"

(EC: 39). Logo depois, a mulher simula estar cega para ser levada na ambulância que recolheria o marido contagiado.

 A personagem é a "mulher do médico", a única a não cegar em toda a narrativa, permite interpretarmos que são os seus valores e ações que a tornam imunizada contra o contágio.  

 “Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago



Dor em pedaços, o caco


Pessoas que guardam em si a sensação que estão passando pela vida sem realmente viver. Há uma palavra que resume este sentimento: a perda. Perda do nosso sonho de felicidade.


Dor antiga


“Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os resultados são vexatórios” Martha Medeiros






Dor Crônica

É linear como este meio fio que arremata a calçada, mas não arremata nosso sofrimento


A dor também pode viciar, quando ela é aguda e não tratada, ensina a anestesista Rioko Kimiko Sakata, chefe do Departamento da Dor da Uniesp. Diz ela que a maioria das pessoas que sofre de cefaléia crônica teve dores de cabeça aguda mal tratada.



Dor que brota... A vivência da dor


Há estratégias com que as pessoas, a partir da vivência da dor, da discriminação e da opressão, podem reconstruir gradativamente suas vidas, valorizar e trocar suas experiências pessoais e coletivas, mostrar para a sociedade como elas gostariam de ser vistas e tratadas por todos. 




Dor do abandono


No amor e... Na arte...


Camille Claudel morre em sua prisão psiquiática em 1943, esquecida do mundo, sem glória, enterrada anonimamente numa vala comum.

Sua vida ficou ligada a Rodin até 1898, ano em que se separaram. Por volta de 1906, destroi grande parte de sua obra numa espécie de exorcismo, como uma maneira de livrar-se de tudo que a vinculava ao homem amado.



Sakountala (o abandono)


Descrição de uma cena terna entre os dois amantes baseada nesta obra de Camille

“Camille o olhava, essa criança que se agachava. Ela recuava e ele se agarrava a ela como se ela fosse lhe deixar, os olhos desesperados, suplicantes. Indefeso, um homem indefeso, de joelhos, um rosto ferido…
Ela inclina a cabeça em direção a ele, beija sua têmpora, delicada, inefavelmente terna, ela lhe da tudo, até seu coração… ”Monsieur Rodin”.
A lenha crepita. Ela se enxerga e lhe enxerga, refletidos, multiplicados pelos espelhos, a grande chama atrás deles. Ele se torna o altar para o sacrifício e ela, a presa. Ela se inclina sobre ele, com a face encostada na dele, e desliza em direção a ele, ainda em baixo, ajoelhado. Ele a retém ainda, mas sua cabeça já se curva. Um braço pendente, sem força… Num ultimo gesto, ela pressiona a mão contra o coração – uma dor surda que bloqueia a alegria forte demais de reencontrá-lo,  o segundo antes do contato, ela então se abandona, ela morre…” A tradução é de : http://taisemparis.wordpress.com/2009/08/04/sakountala-o-abandono/

O caminho 

O caminho existe


ALÍVIO EMOCIONAL 

Por meio de pensamentos simples dá pra diminuir o impacto das memórias dolorosas.


Confira as dicas de Ricardo Monezi, especialista em medicina comportamental da Universidade 

Federal de São Paulo. 

- Procure se colocar no lugar do outro tentando entender as razões de determinada atitude. Acostume-se a perdoar. 

- Respeite seus próprios sentimentos e aprenda a expressá-los de forma equilibrada e coerente. 

- Invista na sua auto-estima realizando atividades prazerosas e que realcem seus talentos. 

- Tente se conhecer melhor refletindo sobre suas reações e seu modo de agir no dia-a-dia.





Um comentário:

  1. Uma posatgem maravilhosa, a vida nos coloca situaçóes de aprendizado e a dor nos faz crescer como pessoas.
    Beijo Lisette.

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